quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Dica de Leitura: A Metamorfose

Olá, leitores! Vamos falar um pouco de: A metamorfose Franz Kafka

No capítulo 1 há a apresentação da transformação de Gregório Samsa em uma criatura estranha de dorso duro e patas minúsculas (o autor não deixa claro o que seria. Uma barata? Um besouro?) e em seguida, como não podia realizar seus afazeres normais, Gregório começa a receber visitas, sendo uma delas a de seu patrão.

No segundo capítulo, o texto revela as características dos pais e da irmã de Gregório. O pai, diz o texto que já era velho, porém saudável, não trabalhava há cinco anos e por isso havia engordado e ficado lento. A mãe de Gregório, de acordo com o texto, era velha e tinha asma. Já sobre a irmã, segundo o texto, sabemos ter 17 anos, ajuda a cuidar da casa e toca violino.
Nesse capítulo é possível perceber todo o desenvolvimento da trama. O aspecto de Gregório começa a causar uma repulsa na irmã que, até então, era a única que o alimentava e limpava seu quarto. Começaram a privá-lo de tudo que o agradava. A mãe resolve, um dia, arrumar o quarto e desmaia ao ver Gregório. No desenrolar de toda essa situação, Gregório acaba tendo o focinho cortado e seu pai resolve bombardeá-lo com maçãs.

No capítulo 3, temos o desfecho da trama. O capítulo inicia com o resguardo de Gregório que, depois de ter sido ferido, ficou mais brando e fraco. Tomamos conhecimento de que os membros da casa arranjam emprego. Os pais de Gregório lamentam o fato de não poderem deixar a casa (“o próprio desespero e a convicção de que tinham sido isolados por uma infelicidade que nunca sucedera a nenhum dos seus parentes…”). Os familiares definitivamente abandonam Gregório em seu quarto e tudo que não era preciso no momento era atirado dentro do quarto. No fim da história, pai, mãe e filha viajam e planejam um futuro promissor.

E o que aconteceu com Gregório? Que tal ler o livro para descobrir?!

Na primeira vista achamos esse livro bem maluco, porém temos que levar em conta que as obras kafkianas buscam expressar esse ambiente de irrealidade, de pesadelo, de angústia e de absurdo.

Alguns pontos que podem ser analisados após a leitura do livro:
  • Você só é importante enquanto tem algum valor; enquanto serve para alguma coisa; enquanto é útil.
  • Se não fosse a metamorfose ninguém se colocaria a trabalhar naquela família.
Até mais!

sábado, 13 de agosto de 2016

Resenha: Caixa de Pássaros

A surpreendente estória de quem não podia mais abrir os olhos!

Olá, leitores!

Recentemente li o livro Caixa de Pássaros de Josh Malerman. O que me levou a comprar esse livro foi a foto da capa e o titulo que, até então, não tinha muito a ver com a escuridão da qual a capa já nos transmite. Os seguintes dizeres: Não abra os olhos, que aparecem na capa do livro e demasiadas vezes durante a estória foi outro fator que me incentivou a essa leitura.

Malorie, protagonista dessa estória de terror e suspense, ao longo da trama acaba tendo que cuidar de dois filhos sozinha, o que até então é normal na vida real, porém nas condições em que somos expostos nessa trama fica evidente que Malorie tinha um fardo enorme para carregar.

O livro é composto na forma de alternância entre presente e passado. O desenvolvimento da estória é cativante e já te joga no suspense de toda a trama desde o primeiro capítulo. 

Escondida de criaturas, animais e até de pessoas, a protagonista vive situações de extrema agonia que acaba contagiando o leitor. Tentar desvendar o que essas criaturas são, o que elas querem e por que estão ali é um desafio para os personagens do thriller e também para o leitor. Vendas para os olhos, barco a remo, um rio misterioso, a necessidade de ir pegar água num poço, neblina, vozes dos mais variados tipos, mortes, telefonemas e por último, pessoas que se cegaram em função do desespero. Todos esses elementos que ao decorrer da história vão te prendendo mais e mais.

A leitura é bem clara e flui de forma simples. As 272 páginas do livro devem, como disse Hugh Howey sobre Caixa de Pássaros, e podem ser lidas de uma só vez facilmente. E como nada é perfeito, o desfecho do thriller não me agradou muito, senti que o autor poderia ter colocado mais informações sobre como as coisas ficaram no mundo após as reviravoltas da estória, me pareceu um final muito corrido, algo meio improvisado. Esse, em minha opinião, foi o único ponto negativo desse livro fantástico. Acredito que Josh Malerman não tenha deixado, infelizmente, fatos suficientes para dar continuidade a esse thriller, mas isso só o tempo nos dirá. 


“O homem é a criatura que ele teme” – Caixa de Pássaros

Até breve

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Vale a pena ir à bienal do livro?

Olá, leitores!

Recentemente, fizeram-me essa pergunta: Vale a pena ir à bienal do livro?

Na hora, a resposta saiu de minha boca da forma mais rápida possível: Com certeza, é claro que vale.

Porém, mais tarde, parei para pensar naquela pergunta e levei em consideração a generalização, ou seja, vale a pena ir para bienal do livro mesmo que eu não goste de livros?; Mesmo que eu não conheça nenhum autor que confirmou presença?;  Mesmo que eu não seja engajado no ramo literário?
 
Ninguém gosta de estar em um local que não o agrada, por exemplo: Um ateu não gosta de estar em uma igreja; Uma criança não gosta de estar numa fila de banco. Logo uma pessoa que não tem nenhuma atração por livros/ literatura não iria gostar de estar em uma bienal do livro. Mas acredito que a bienal do livro pode ser um lugar onde essas pessoas que não são atraídas para o mundo literário acabem encontrando o seu estilo de leitura ideal.

Lá é possível encontrar editoras dos mais variados temas, editoras bem famosas e editoras que você verá lá pela primeira vez na sua vida, editoras voltadas para o público infantil, outras para o público jovem e/ou adulto, enquanto umas estarão voltadas para espiritualidade, religiosidade e afins, outras estarão para gastronomia, natureza e ficções científicas. De clássicos da nossa literatura a literatura universal.

Além da miscelânea de editoras, assuntos e estilos, ainda é possível participar de palestras e rodas de conversa com autores, jornalistas e editores. Participar de sorteios e autógrafos. Dentre outras programações que a bienal divulga em seu site.

Quem não gosta de música? Quem não gosta de cozinhar? Quem não gosta de filmes e/ou séries? Quem não gosta de assuntos relacionados à natureza? Quem não gosta de esportes? Quem não gosta de clássicos? Pois então, na bienal tem livro para todos os gostos... Tem para titia, para mamãe e para vovó, tem para todo mundo! Sem falar nas promoções que agradam qualquer bolso!

Vale MUITO a pena ir à bienal. Se for possível cheguem cedo e/ou tentem reservar, pelo menos, dois dias para conhecer os estandes com calma, poder participar de rodas de conversa e aproveitem bastante cada minuto da bienal. 
Até breve