segunda-feira, 6 de março de 2017

Crônica: Amizade versus Tempo

   Hoje, logo após ter acordado, fui checar as mensagens no meu celular e me deparei com a seguinte mensagem:

“Vale mais perder tempo com os amigos, que perder amigos com o tempo. Por isso perco tempo contigo, porque não quero te perder com o tempo.”

   No mesmo instante comecei a fazer uma reflexão sobre a amizade e o tempo. É o tempo que faz uma amizade? Quanto tempo é necessário para se construir uma amizade? Quem nós podemos, realmente, chamar de amigos? Os meus amigos de hoje serão os meus amigos de amanhã? E muitas outras perguntas vieram na mente.
   De fato muitas coisas acontecem na vida de todas as pessoas nesse mundo: mudanças de rotina, mudanças de cidade, novos objetivos, novos sonhos etc. Todas essas coisas podem aproximar e afastar algumas pessoas de outras. De um modo geral, os amigos devem/poderiam estar ao nosso lado para nos apoiar em nossas decisões, conquistas, sonhos etc., mas nem sempre é assim que as coisas funcionam.

   Quando somos bebês, nossos pais ao encontrarem com outros bebês falam que seremos amigos, cresceremos juntos, brincaremos juntos. Na pré-escola temos amizades de juramento, aquelas que brigamos várias vezes porque Fulano ou Ciclano não quis dar uma bala para Beltrano. Na adolescência, amizades que nos acompanham em festas, viagens, nos afazeres de casa. E por aí vai indo. Mas uma grande pergunta fica no ar: eu ainda falo com a primeira pessoa que eu disse que era meu (minha) melhor amigo (amiga)?
   Como uma amizade é construída? Aquela amizade que eu tinha no judô, as amizades da natação de todas as terças-feiras e como não se lembrar das amizades do cursinho. Gente que hoje nem olhamos na cara, gente que hoje nem sabemos se ainda existe, onde mora. Será que uma daquelas pessoas que fez o pré comigo já é uma mãe ou pai de família? Será que algum “amigo” meu mora no exterior? Se sim, será que está bem?

   Amigos, colegas, amizades, parceiros, camaradas, BFF’s, meu Deus! O tempo realmente faz e traz mudanças. Confesso, não falo com todos, não lembro o nome de todos, porém por algum momento eles fizeram parte da minha vida. Engraçado pensar como seriam as coisas hoje, se tanta coisa não tivesse acontecido em nossas vidas.

   Para agora, só resta lembrar-me dos meus atuais amigos e agradecer pela amizade que construímos, porque pode ser que no futuro a gente não se veja mais. 

Até breve, leitores!