sábado, 2 de setembro de 2017

Tira-dúvidas: Qual é a diferença entre poema e poesia?

Olá, leitores!

Nesse momento muitos devem se questionar: Quer dizer, então, que poesia e poema não são a mesma coisa?


Eu não sei se é mais incrível ter pessoas que acham que poesia é a mesma coisa que poema, ou se é mais incrível ter pessoas que saibam que poesia é diferente de poema. Pois bem...


Os filósofos e os poetas costumam definir a poesia com frases como: “poesia é música que se faz com ideias”; “é uma viagem ao desconhecido”; “é a fala do ‘infalável’”; “é a emoção relembrada na tranquilidade”; “é a religião original da humanidade”; “é a linguagem em estado de pureza selvagem”; “é o impossível feito possível”; “é uma arte representativa”. Há quem diga também que a poesia é o mistério que as coisas têm.



Duas curiosidades podemos tirar disso: as tentativas de definir poesia não estão restritas somente com as palavras e o próprio sentido conotativo de poesia se auto emprega na sua tentativa de definição.

A poesia não está somente no poema, mas em lugares e coisas: uma paisagem ou o gesto de uma pessoa podem ser plenos de poesia. Ela move as pessoas, está acima do tempo, é um tipo de texto muito marcado pela musicalidade. O poema também é obra da poesia, mas obra de poesia que usa palavras como matéria-prima.

Partiremos, então, para explicação a partir da etimologia da palavra. Poesia é um termo originado do grego poiesis, que significa: “a atividade de produção artística”, “a atividade de criar ou de fazer”.

E o poema? Bom, como já dito anteriormente, é fazer poesia com as palavras. Desta forma podemos dizer que o poema é a obra artística em versos que, dependendo do tempo e do poeta, respeitará algumas regras de composição. 

Espero ter esclarecido o assunto para os que tinham essa dúvida,

Até mais!

segunda-feira, 6 de março de 2017

Crônica: Amizade versus Tempo

   Hoje, logo após ter acordado, fui checar as mensagens no meu celular e me deparei com a seguinte mensagem:

“Vale mais perder tempo com os amigos, que perder amigos com o tempo. Por isso perco tempo contigo, porque não quero te perder com o tempo.”

   No mesmo instante comecei a fazer uma reflexão sobre a amizade e o tempo. É o tempo que faz uma amizade? Quanto tempo é necessário para se construir uma amizade? Quem nós podemos, realmente, chamar de amigos? Os meus amigos de hoje serão os meus amigos de amanhã? E muitas outras perguntas vieram na mente.
   De fato muitas coisas acontecem na vida de todas as pessoas nesse mundo: mudanças de rotina, mudanças de cidade, novos objetivos, novos sonhos etc. Todas essas coisas podem aproximar e afastar algumas pessoas de outras. De um modo geral, os amigos devem/poderiam estar ao nosso lado para nos apoiar em nossas decisões, conquistas, sonhos etc., mas nem sempre é assim que as coisas funcionam.

   Quando somos bebês, nossos pais ao encontrarem com outros bebês falam que seremos amigos, cresceremos juntos, brincaremos juntos. Na pré-escola temos amizades de juramento, aquelas que brigamos várias vezes porque Fulano ou Ciclano não quis dar uma bala para Beltrano. Na adolescência, amizades que nos acompanham em festas, viagens, nos afazeres de casa. E por aí vai indo. Mas uma grande pergunta fica no ar: eu ainda falo com a primeira pessoa que eu disse que era meu (minha) melhor amigo (amiga)?
   Como uma amizade é construída? Aquela amizade que eu tinha no judô, as amizades da natação de todas as terças-feiras e como não se lembrar das amizades do cursinho. Gente que hoje nem olhamos na cara, gente que hoje nem sabemos se ainda existe, onde mora. Será que uma daquelas pessoas que fez o pré comigo já é uma mãe ou pai de família? Será que algum “amigo” meu mora no exterior? Se sim, será que está bem?

   Amigos, colegas, amizades, parceiros, camaradas, BFF’s, meu Deus! O tempo realmente faz e traz mudanças. Confesso, não falo com todos, não lembro o nome de todos, porém por algum momento eles fizeram parte da minha vida. Engraçado pensar como seriam as coisas hoje, se tanta coisa não tivesse acontecido em nossas vidas.

   Para agora, só resta lembrar-me dos meus atuais amigos e agradecer pela amizade que construímos, porque pode ser que no futuro a gente não se veja mais. 

Até breve, leitores!

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Resenha: Órfão X

Olá, leitores (as)!

Hoje, venho falar do livro Órfão X de Gregg Hurwitz. (Editora Planeta, 336 páginas – 1ª edição Junho de 2016)

   O livro é cheio de ação com cenas descritas detalhadamente o que daria uma excelente produção cinematográfica, na verdade dará, visto que a Warner Bros já adquiriu os direitos para o cinema.

   A história está centrada em um programa do governo de criar super-heróis, mas não super-heróis com mutações genéticas, esses super-heróis seriam 100% humanos, sentiriam dores, sangrariam, quebrariam ossos. O que os tornariam heróis seriam suas habilidades (adquiridas após muitos e intensos treinamentos) e tecnologias de ponta. Os participantes desse programa não se conheciam, ou pelo menos não poderiam se conhecer, e cada um recebia o nome de Órfão acrescido de uma letra.

   Evan Smoak, o personagem principal também chamado de Órfão X, tem uma relação forte com seu “pai”, Jack, que o treinou da melhor forma possível. Toda essa relação será crucial no desenvolvimento da trama, porém em determinado momento Órfão X deixa o programa do governo e passa a fazer um trabalho mais secreto e “caridoso” usando o codinome de Homem de Lugar Nenhum.

   Durante seu treinamento, Jack ensina alguns mandamentos que Evan deveria seguir para manter o controle das suas missões. (Gregg Hurwitz omite três mandamentos no livro, o 2º, o 5º e o 8º mandamentos não são citados). São eles: 1º - Não presuma nada. 3º - Domine o ambiente à sua volta. 4º - Nunca leve para o lado pessoal. 6º - Questione ordens. 7º - Tenha uma missão por vez. 9º - Jogue sempre no ataque. E o 10º (e mais importante, segundo o autor) – Nunca deixe um inocente morrer.

   Depois de algum tempo trabalhando sozinho, algumas coisas saem de controle. Tudo indica que nosso super-herói está sendo enganado, mas por quem? Quem teria a audácia de armar contra Evan? Seriam outros Órfãos? Seriam um de seus inimigos ou ex-clientes? Mas independente de quem seja, a pergunta mais importante é: Por que estão entrando no caminho de Evan?  

   O desfecho da história é surpreendente e inimaginável desde o começo do livro. Como já dito anteriormente os capítulos de ação são ricos em detalhes o que ajuda muito na construção imagética das cenas em nossa mente. Alguns capítulos são engraçados, outros mais sentimentais. A escrita e a linguagem são muito simples e adequada para qualquer tipo de leitor. O livro não apresenta um final concreto para a história e abre a possibilidade de uma continuação. Foi o primeiro livro que li do Gregg Hurwitz e espero que as outras obras já publicadas do autor sejam tão contagiantes quanto esta.
Até mais!